Enviado por | Tópico |
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Gyl | Publicado: 18/07/2018 20:41 Atualizado: 18/07/2018 20:41 |
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Re: meu sonho de ferro
Apreciei demais a serenidade, o devaneio e o lirismo contido nas tuas linhas, Roque. Destaco: "...por meus olhos de água
suponho tuas mãos a mirar pedras neste espelho." Parabéns! Beijo! |
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Jmattos | Publicado: 19/07/2018 00:24 Atualizado: 19/07/2018 00:24 |
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Re: meu sonho de ferro
Roque
Gostei imensamente do que li! Lembrei dessa música que adoro! Beijos! Janna |
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Luizfeliperezende | Publicado: 19/07/2018 00:57 Atualizado: 19/07/2018 00:57 |
Super Participativo
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Re: meu sonho de ferro
Belo poema. As palavras surgem de forma surpreendente, causam um efeito interessante.mesmque seja um coração noturno num sonho de ferro. Parabéns.
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Rogério Beça | Publicado: 19/07/2018 07:02 Atualizado: 19/07/2018 07:06 |
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Re: meu sonho de ferro
Nove anos é muito tempo.
Ou não? Há algo de rígido no teu poema, em que o ferro serve muito bem enquanto metáfora. A idade do ferro iniciou-se em 1200 antes da era cristã, e veio substituir a do bronze. Engraçado como o domínio dos metais pelo fogo, nessa época, foi uma revolução tecnológica fenomenal que permitiu o aparecimento de inúmeras ferramentas de características superiores (às do supracitado bronze e ao anterior cobre). Ao nível do armamento foi uma vantagem enorme pela sua durabilidade e resistência. Mas se o critério fosse esse, o sonho poderia ser de aço. Ou titânio. O teu poema é muito mais do que isso. Gosto de salientar a linguagem. Flawless (desculpa o anglicanismo). O tom soturno, meio angustiado, parece um quadro a preto e branco, com poucos toques de luz. "...sou talvez incêndio e água..." , este desequilibrio, temperado pelo talvez, coloca o sujeito poético na esfera das paixões em que parece que o amor não cabe. Talvez. Mas que introdução poderosa! Duas bocas que não se entendem, sendo uma estrangeira (não serão todas menos a nossa? Mesmo a que beijamos regularmente não deixa de estranha/estrangeira ser), pode ser numa conversa em que não falam do mesmo, pode ser dum beijo por consumar, pode ser duma boca que se leva, ou se manda... tantas possibilidades... A terceira estrofe é um arrombo às convenções, num tom melancólico em que os espelhos da alma, podem ser as pedras da ferrite que falas. "...onde em mim dói/cada página muda/em que nada muda..." e aqui leio as bocas que não se entendem. O sujeito poético deitado no verbo cego. Que forte. A última estrofe reforça todo o poema, o sonho de ferro surge na forma de verso e o nocturno bem podia ser de Chopin. O ferro tem uma característica de tudo o que tem vida - oxida. Haja ferrugem. Nove anos na nossa idade não é nada. Por outro lado é toda a vida da minha filha (minto, tem 10 fazendo os 11 em setembro) Bj |
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Juanito | Publicado: 29/07/2018 12:07 Atualizado: 29/07/2018 12:07 |
Colaborador
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Mensagens: 3097
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Re: meu sonho de ferro
Mesmo sendo um sonho de ferro, esses versos têm uma melodia cristalina!
Meus parabéns e um abraço! |
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Srimilton | Publicado: 03/03/2019 13:23 Atualizado: 03/03/2019 13:23 |
Membro de honra
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Re: meu sonho de ferro
"...tua boca estrangeira
não entende a minha boca" É, para mim, um deleite ser surpreendido com o uso das palavras simples mas, bem engendradas. Depois leio mais. |