Tenho um pião que gira gira a rodar
senhores, da nobreza, cheiram rapé
espirram, sem parar, fazendo banzé
atrapalhando o peão, sempre a girar
As madames usam peles, a calafetar
seus corpos ligeiros, mas, o Barnabé
que, não é dessas coisas, diz como é
atrás delas vai co os cabelos a pairar
E os meninos pobres curtem co brio
os brinquedos que eles inventaram
enfrentando, defronte, o muito frio
Nisto, o meu peão, continua a rodar
e, finalmente, enfim, todos calaram
para aí, verem os meninos, a brincar
Jorge Humberto
29/03/08