"Ao fundo da cortina do céu poente
no risco de uma nuvem repousante
divino refrescante sopro levemente
adornado de doçura estupeficante"
[...]
Depois da travessia pelos Andes
acalentado nos velos de uma lhama
olhos marejados do deserto Atacama
aos sons condoreiros constantes
Numa cama, vi-me adormecido
nenhum quilômetro deslocado
saliva escorre em piso azulejado
consequência de vinho ingerido
A discussão acerca dos vinhedos
frondosas terras do Vale Central
Carménère chileno não tem igual
alarga-se ao longo dos rochedos
Baixei as pálpebras em overdose
viajei à Cordilheira e ao Obelisco
À Rinconada, se não me arrisco
Buscando Maipú pra tomar glicose
Ouso dizer que estive
na Europa sul-americana
Santiago, formidável panorama
Chile, poesia que se vive
e que se ama
By Renato Braga
Depois de uma noite regada a vinho, uma pausa para meditação, seguida da transcrição em poema do aroma que vem do Chile.