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Faminta de Amor

 
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Faminta de Amor

Que medo deste escuro!
Tão frio seria o mundo
se não houvesse primavera
é um florir de sentimento
que veste-se de ouro
de ardor esplendoroso e pleno
deste e de todos teus tesouros
e ainda vive
este sonho que encanta,
mas que eu nunca tive.

Qual medo me cerceia?
Nas bordas de um céu de fogo
de lagrimas que vertem das areias
de um circular e tenso jogo
o inicio e a chegada serpenteia
nesta explosão imperiosa.

No vão de uma pedra nasce a rosa!
Mas ela nunca nasce para mim
nunca em meu jardim
pois ela é incandescente
carbonizada semente de flor
que sucumbe no calor.

Demônio da luxuria
impuro e destruidor
que viaja com o vento
e retira o alimento
da minha alma que a muito tempo
está faminta de amor.

Alexandre Montalvan

 
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montalvan
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