Quem és tu?
De que olhos vens?
És alegria ou tristeza?
Não vestes um corpo nu
Não vales mais do que tens
Ainda assim te chamam beleza
Não sei o que é mais belo
O que se tem ou se quer ter
Que se vê ou esconde no olhar
Se um afago doce e singelo
Que alguém receia fazer
Ou mera necessidade de amar
A palavra certa trai e embeleza
Apaixona, enamora e chora
Uma vez esquece, outra aquece
É algo que qualquer amante preza
Ou rasga, amarrota e joga fora
Não, nada é o que agora parece
És mulher bela? Sim, para mim sim
Para um meu irmão… talvez não
Sem corpo, sem cara… só uma alma
Aquilo que és, não como és, assim
As coisas são como são, peço perdão
Pois… só essa tua alma me acalma
És beleza porque te pintas de tanta cor?
Porque andas empinocada de salto alto?
Por seres cobiçada pelos homens?
Não, és beleza por te sentir amor
Por me tomares o coração de assalto
E o deixares lá em cima, nas nuvens
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma