Enviado por | Tópico |
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Chou | Publicado: 08/07/2018 21:32 Atualizado: 08/07/2018 21:32 |
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Re: passarança
Sim... Pena o ser hunano ser redoma em algumas ocasiões. Mas por defesa se faz necessário.
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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 14/08/2018 08:41 Atualizado: 14/08/2018 21:02 |
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Re: passarança
Gosto em primeiro lugar do neologismo no título. Não por ele em si, mas por ser algo semelhante ao antónimo doutra que é muito (ab)usada e que prezo muito, a Esperança.
O mais certo é que a Passarança também não é um acto negativo de "não esperar por dias melhores", porque tudo passa. O Homem é o eterno (apesar de individualmente finito) passageiro, isto é, está de passagem. Quer seja a lamuriar-se encostado a um canto, ou lutando pelo porvir. É isso que leio no teu poema. Todo ele feito de luta. Marca sobretudo uma "passarança" que não se limita a esperança, apesar de não abdicar dela. Na primeira estrofe há elementos que substanciam a ideia: "vontade, coragem, forja de martelo...". Engraçado que apesar da imagem de força, a primeira estrofe tem um pendor feminino do estereótipo da Dama presa na torre do castelo. Mas que se liberta sozinha, mostrando essa determinação humana (não é preciso cavaleiros para nada). A forja como símbolo de engenho tira o lado fantasioso do voo da coragem. Contudo, sem coragem, no castelo esperaria a Dama. A liberdade é o nosso maior bem (só o que é livre e leve pode voar - Rui Chafres) mas, na segunda estrofe, ela depois de mastigada não é engolida/consumida... estranho!? Regurgitam-se sonhos (mais uma referência a aves pelo tipo de alimentação dada às crias) que ficam em nós, mas não dentro de nós, na redoma que somos. Em suma, é um poema cheio de simbolismo, com um título invulgarmente poético, que reflete os valores do sujeito poético e as ferramentas essenciais para sermos humanos e felizes. Bj |