A carne é tudo,
a carne sempre anseia novos
corpos, e a mente escolhe como, onde,
com quem e quando será
feito,
seja lá o que venha
a ser feito.
Mas é preciso,
neste paradoxal compêndio,
ter cuidado tanto com o amor puro
como com os impulsos da própria
carne,
pois, quando se acordam
difusos desejos, costuma-se perder o controle
sobre o que estamos
mais viciados:
no amor,
no desejo ou no gosto pelo
autoaniquilamento, como dor de parto
que nos faça sentir vivos
novamente!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)