Mensagens : 

Cartas Capitais-Dezasseis

 
Capital, Março de 29

Abri o livro e li. Várias páginas, vários bocados da nossa vida, de seguida, algums versos voltando atrás, repetindo a banalidade de palavras que soam a mofo e a mentira.
Se eu quiser fecho o livro e tu deixas de existir.
Se eu quiser deixo de te pensar e de te amar e de sangrar por cada verbo banal que despejo deste nosso livro que já não é nosso.
A poesia não existe.

Não te posso mandar um único beijo que seja.
Terías que ser para os receber.

 
Autor
Sant'Ana
Autor
 
Texto
Data
Leituras
754
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 30/03/2008 01:41  Atualizado: 30/03/2008 01:41
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: Cartas Capitais-Dezasseis
As mentiras são como punhais...
E deixam feridas abertas que sangram durante tanto tempo!

Não é fácil abrir o livro e reler esses pedaços de vida enganada...
Alguém que afinal não era...

Mais uma carta daquelas que me deixam encantada de tão bela, apesar de triste!

Beijo

Enviado por Tópico
Paulo Afonso Ramos
Publicado: 05/04/2008 10:13  Atualizado: 05/04/2008 10:13
Colaborador
Usuário desde: 14/06/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2080
 Re: Cartas Capitais-Dezasseis
há um livro... e nele uma escrita vertida
há versos num poema esbanjado
há vida
podes mandar o beijo
de surdina…