Deveria ter permitido eu levar você comigo,
Teria sido bom.
Agora tenho ido para uma espécie de jardim de nuvens,
nada é real,
mas vou e volto quando quero.
Se quisesse em algum momento saber iria ver,
Pois há muito tempo não é capaz de enxergar,
Aquela velha dor não me incomoda mais,
E quase não lembro, então fico bem.
Posso me perder neste sonho,
Ou é o sonho perdido em mim?
Não importa mais mesmo.
Alguém disse querer aquela harmonia de todos,
Pois todos tinham. Nunca tive. Seja com o ar, terra ou carne.
Não há sintonia possível para mim sabe?
Preciso me lançar.
Não se importe! Pois sabe, hei de me revoltar.
Quando volto, não é mais jardim de nuvens.
Sei o que pensa sobre isso. Permita-me discordar.
Só ouço não. Não posso mais...
Preciso harmonizar de alguma maneira, qualquer uma.
Vou e volto quando posso...
Mas bateu a vontade de lá ficar.
Nada é real,
A vontade de sorrir ou chorar,
Os olhos fechados mostram tudo.
Estava tudo lá embaixo, ao olhar para o lado.
Não posso conter. É só o que tenho.
Tudo bem. A casa fica arrumada...
Deixo a grama aparada, as outras plantas também.
É preciso partir para o jardim de nuvens.
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