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Lembrete Na Cozinha

 
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Lembrete Na Cozinha
 
Eu pensei que se eu fechasse os meus olhos,
Toda essa minha dor acabaria
Mas quando os abri, o que restou foi o ódio
A tortura me deixara um lembrete na cozinha,
Dizendo que mais tarde voltaria.

Hoje eu disse a mim mesmo para me manter de pé
Disse a mim mesmo que faria o que puder,
Para ser feliz, para ser o que eu quiser ser
Eu me preparei para mais um dia comum,
E deixei minha tristeza fazendo jejum
Tudo se adequando, conforme o plano
Mas, infelizmente a vida fez sua jogada,
E me apunhalou com a garota das minhas fábulas
Aquela que dedilhei em linhas mágicas
Golpe baixo ou não, isso feriu gravemente o meu coração
E, quando retornei à minha cama, eu disse a almofada,
"Ela não mais me ama, minha saudade por ela clama"
E, inusitadamente, eis que o desânimo
Tomou posse da minha semana.

Mesmo que eu me previna
Mesmo que eu pressinta,
A dor da decepção sempre me humilha
Essa é minha vida, essa é minha sina
E a minha história sempre me ensina,
Que meus erros são apenas presságios
E que os meus ideais não passam de raios,
Que acertam duas vezes o meu retrato.

Às vezes, distraído, eu levo alguns tombos
Às vezes indago se, em minhas costas, há um anjo
O mal que sofro cada dia que uma lágrima caí,
Me deixa cada vez mais perto do precipício que vejo por aqui
Eu tento enxergar além da névoa do medo e ódio,
E, às vezes eu enxergo amor, ou algo similar
Enquanto meu espírito estiver sóbrio.

Ainda não desisti da minha rotina,
Muito menos da minha jovem vida,
Mas devo admitir que às vezes ela me intriga
Eu resolvo um problema, logo sou recebido com ironias.

O tempo cura tudo, menos as más escolhas
Elas irão me perseguir até minha cova,
Mas eu ei de aproveitar minha vida até o cair da última folha
Sei que tenho um caminho imenso a minha frente,
Mas a minha vontade de ser feliz me dará forças
Encontrarei alguém que poderei dizer que me entende
Tudo o que peço é que haja tempo para tudo isso,
Sei que meu futuro não será um desperdício,
Pois, em meus ombros, carrego a determinação do meu pai
E em minhas pernas, a resistência da minha querida mãe
E, quando eu sair de casa, sempre irei olhar para trás
Para que eu me lembre onde poderei voltar,
Quando os meus sonhos eu realizar.

 
Autor
AteopPensador
 
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