SENSIBILIZADO
(Jairo Nunes Bezerra)
Ontem à noite beijei o teu retrato,
Carinho que se transformou em vício...
Bela, destacavas o meu quarto,
Liberando perfume fictício!
E inebriado sinto a tua falta,
Convivendo com a solidão reinante...
A saudade que ora me assalta,
Fez-me da vida um eterno andante!
Não há o que fazer,
Partistes, porque isso tinha de acontecer,
Quando mais precisava de teus abraços?
Aconteceu... Fiquei solitário,
Da negritude da noite, visionário,
Necessitando de teus contumazes afagos!