Ah!... A distância nos
Olhos daquela moça...
Rouca, brada por tudo.
Louco, não brado por ela.
A serra se ergue
E o sol se ergue atrás dela.
Na aquarela da vida,
Não vi que ela era bela.
Consigo ouvi-la chorar,
Lamentar o que não veio. é
Meu receio me fez tolo,
Bobo e amargurado.
Minha vida, então, segue.
Vou para a sede do fim,
Onde tudo é cinza e
Os quadros riem de mim.
Fiz tudo ao contrário,
Sou o culpado de tudo.
Deveria ser um adulto,
Mas sou um otario.
Me importei com nada,
Dei valor à flor bandoleira.
Entretanto, a árvore, guerreira,
Nunca nem esteve cansada.
Não pude ser o melhor de mim,
Me perdoe por isto.
Assim que amanhecer
Tentarei envelhecer.
Envelhecer e apagar
Tudo o que fiz antes.
Entre os pedantes,
Sou o que te magoou.
E o poema chega ao fim
Como nós chegamos:
Malfeito, maltratado e incompleto.
Espero que apreciem!!!!
Gostaria de poder tocar no coração das pessoas usando apenas palavras...