Faca de Ponta
Sempre eu fiz de conta
Que as facas de ponta
Não podiam me cortar
Eu que as encarava
Nunca me preocupava
Em me machucar
Mas na verdade
Tanta crueldade
Veio me abalar
Fui atacado
De flanco e de lado
E não pude escapar
Senti em minha vida
De forma dolorida
Alguém me fazer mal
Mas este alguém
Já foi para o além
E está na horizontal
Agora vou por este caminho
Se piso em espinho
Sei como os tirar
Pois na verdade
O que ficou é saudade
E torno a levantar.
jmd/Maringá, 21.06.18
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