As horas avançam no reverso do poema
saltitam silabas envergonhadas, em dilema
e as letras vacilam, em dedos enclausurados
Penduram-se os lábios na boca cerrada
comendo beijos em limbos apressados
dum rosto ausente … e olhar quente
Calam-se as frases no palato adormecido
em vão os fonemas morrem, feridos
num vale profundo, à porta do olhar
....transvertidos
Escrito 20/06/18