De tempos em tempos esguicha escarlate
A vida correndo apressada em seu fluxo
Que se esvai de gota em gota
Para que eu não esqueça nunca
Que meu tempo é tempo de mortal
E, sendo humano, não mais que isso serei
Poder queria eu, mas nunca o terei
Talvez um dia os céus tenham piedade
De minha carne, que definha
Nesta prisão de cera com paredes pontiagudas
Ou quem sabe equivocado esteja eu
E a verdadeira prisão seja a que encarceira o espírito
Deveras ser um forte, manter-se firme
Porque é dessa forma que o homem vive
E viveu, e tem vivido, e tem se mantido vivo
Problemas existem, brotam feito daninhas
Às vezes de soluções, irradiando energia
"Tende bom ânimo"; sim, não há que ele mais sábio
Viver sem as paixões, as puras fantasias
Tem sido mais difícil do que deveria
Esta tempestade de preto e branco, mal contemporâneo
Rouba dos inocentes a inocência
E dos felizes o sorriso
Sendo assim, não existe lugar a que retornar
Logo, permaneço neste mundo afogado em lágrimas, à murmurar
Correção ortográfica: 30-03-2019
(Se forem detectados erros por favor me avisem nos comentários :D )