As borboléticas beldades
estão voando com o selo da ostentação
e bebendo das peônias cores
de seus anjos de paus ilustrados.
Eu fico vindo aqui,
vendo o que chamam de espetáculo,
dissipando-me como
o vento
e me perdendo
na superfície estranha superfície
deste lago.
Enquanto bocas,
dedos e pernas abertas fazem
seu trabalho no silêncio de um quarto
ou de um skype,
após mais uma esportiva
e poética jornada,
eu me continuo nevoeiro
entre uma terra cheia de cores,
de dissimulações, de fantasias e de férreos
pecados!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)