… um niilista
ainda anda por aqui,
por esse labirintos que se parecem
desatinados como o vento,
tão livre como vadio,
ele fala de sombras, de chuvas,
de tempestades e de dores
de parturientes.
Os anjos assistem
de seus céus, flutuando com suas
asas alvas e com seus famosos
e sublimes pensamentos;
ouve-se uma música
perdida, muito distante, de uma mulher
que foi aprisionada no eterno
apagamento,
e ela canta
moucamente como um trinado
pássaro em lamento:
o cão nihil
chora silente, tamém engaiolado
em suas próprias saudades, em seus próprios
pecados e em suas próprias
tormentas!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)