Lembro-me...
(na minha dificuldade de hoje em dia,
em que esqueço de tanta coisa)
que na minha adolescência
quando o dia raiava
o sol tinha um brilho único
um brilho, pedaço de mim.
Lembro-me...
também,
das noites quentes de Verão
perdida no sussurro
ou nas cantigas das cigarras
e nas brisas frescas
que me acariciavam a pele, a face.
Que saudade tremenda
de um momento desses
o tal pedaço meu, que o Sol tem
enquanto a Lua chora,
porque já não volta
e o tempo já não se faz assim.
Voltando à lembrança,
agora de infância,
das corridas de praia
de pele salgada,
morena ou bronzeada.
Meu mundo em flor
cheio de cor
pensava sempre,
que podia morrer de Amor.
E hoje,
tantos anos depois
já não sou criança
mas pseudo-poeta
de lembranças concretas
a tal brisa que me desperta
em profunda Paixão
neste meu delicado
Coração!!
Luka