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A poesia , a Samambaia, o Mar, a Pedra, os Papéis, o Amor e a Fuga

 
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A poesia , a Samambaia, o Mar, a Pedra, os Papéis, o Amor e a Fuga
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Quem sabe o que dizer
que nesta vida já não se tenha dito
talvez um quê de morrer
ou talvez nem se tenha existido

Até as samambaias gritam alto
e esperneiam com as verdes folhas
a este verso que soa falso
e não dão mais opções de escolhas

Mesmo um desejo tão latente
de te comer pelas beiradas
não sendo nada conivente
não tendo dito quase nada

Pedras, papiros ou mesmo nos papeis
poesias quem as viu, escreveu ou achou
Em sonhos, em palestras é o que dizeis
em qual mente doentia este mal se revelou

Alto lá, disse alguém; li na mesa de um bar
estava bebendo cerveja com sal e limão,
eu li que o amor morreu no mar
e que o mar evaporou na escuridão.

E assim acaba a estória!
E é melhor ir embora!
Quando até samambaias entram no meio desta história!

Alexandre Montalvan

 
Autor
montalvan
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1872
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