Quando olho para todas as direções da rosa dos ventos, não vejo nada; Sou nada; Além de minhas dúvidas e transparência de minha alma;
Quero ser invisível aos seus olhos; duvidar de tudo sempre; Quero que duvidem de mim; Para que minhas dúvidas, não se transformem em dívidas;
Quero deixar um legado duvidoso;
Quero que se esforcem a entender-me; Pois, quando souberem o que quis dizer; Serei sim, apenas nada e meu legado morrerá; Sou nada, além da interrogação e questionamentos;
Quero ser redundante;
Vou duvidar de todas as nações, costumes, poderes e pessoas pensantes, que existam, pelas infinitas galáxias; Vou dividir meu conhecimento, para que se torne, ainda mais duvidoso;
Vou aplaudir com sabedoria, a quietude, de não quebrar o sigilo do silêncio;
Sou nada, nasci do nada e pro nada vou partir;
Também duvido disso; Se o nada mesmo existe;
Não há nada à se duvidar; E se não há mais nada à duvidar;
É porque já me tornei tudo;
E o tudo nada é;
Me restando apenas a dúbia dúvida, se sou nada, ou, já me tornei tudo; Deixarei tudo, me levar ao nada que sei;
Só assim, viverei em plena paz; Questionando, o nada de tudo... ... E tudo de nada, ou, se são a mesma coisa.
Marcio Corrêa Nunes