Poesia Insepulta Alavanque então meu poema
chafurdando em negra lama
vai chupando manga com melaço
sobre teu sentir malsentido
pipocam incontinentes em teus braços
sonoros balaços.
Mas se ainda consegue ouvir, é porque vive
e se vive continue a chafurdar
do teu céu irá cair em queda livre,
sentidos, que os balaços querem matar
Não olhes com teu olho roto e cego
porque não adianta olhar a escuridão,
na negação, até a afirmação, eu nego
porque o tempo é do sentimento, negação
Insepulta será toda a poesia
mesmo aquela que no dia está por vir
e se advir será o mesmo que água fria
que em teus ombros incautamente ira cair.
Alexandre Montalvan
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.