Capital, Março de 28
Continuas sem nada me dizer.
Não te demoves, não te comovem as minhas memórias, as minhas saudades, as minhas lágrimas, antes te preferes perdido de mim, costas voltadas à minha mão que te chama, perdes flores e poesia e dança e sonhos que já vivemos e podíamos repetir.
Sózinha só os posso lamber aguada da sede que me trazem...
Quería-te comigo.
Pergunto e não entendo a resposta, não te ouço gritar que já não me amas, aliás nem te ouço.
Talvez tenha ficado surda ao mundo.
Volta. Por favor.