"O copo Semicheio
Me observa...
Meu lábios estão úmidos
E sonham com seus beijos...
Na minha solidão
Você não existe e contento
Com o gosto gelado
Do líquido amarelo...
O olhar pesado sofre o silêncio...
Paira no ar sua imagem
E sofro o não estar
Como adolescente carente.
Me delicio com o murmurar do ar
E o frio cortante
Não pode me machucar...
Mais...
Não sei o que fiz
Ou que faz.
Soluço aos goles a sua deserção.
Não cobro nada
Não quero e não posso...
Somente lamento o fundo do poço
E me escondo sobre copos
O despertar romântico.
O copo agora cheio me observa...
Eu o devoro com os lábios...
São os beijos que acho..." (Proteus).