Pelas portas entro e saio, mas são das janelas que meus sonhos batem asas.
Um caminho desce dela, e lá vou eu serpenteando junto, com meus pés de bailarina e gaita na boca. Nas beiras, outras crianças satisfeitas sorriem e olham ao redor, com olhos que nunca refletiram o mundo mal.
Da janela de asas abertas desce meu caminho sem fim, nele vou crescendo até cruzar com o amor que perdeu a face de príncipe e cavaleiro, perdeu o jeito de guerreiro. O amor virá da forma de alguém que se depara com quem, com amor ainda busca. Dois alguéns no caminho pra se juntar e fazer soma.
No caminho que desce da janela, só caminha quem ainda sonha.