Procura
Bate a chuva na vidraça,
Lágrimas vindas do céu,
Num imenso tropel de águas.
A rugir o vento passa
Sob plúmbeo, negro véu
A arrastar caudal de mágoas.
No crepitar da lareira
Inerme no meu brial,
Inerte no meu torpor,
Na chama busco a clareira,
Abrigo da dor glacial,
Conforto da minha dor.
Juvenal Nunes