De que me vale viver a intensidade das marés,
Se das gotas dum mar de lágrimas, eu naufragar?
Em que minhas vestes, de pele e alma num convés,
Meu rumo numa bússola amarga eu navegar?...
Tento novamente me reerguer de mim,
Numa intensidade plural sem dor...
Destemida pelos ventos deste mar revolto,
Loucamente torturando meu mal de amor...
Nas lacunas desta insana ventania,
Ventos me levam as chamas promessas,
De vãs e incabíveis filosofias...
Mais que alma, quero paz!
Pra dos temporais me sentir protegida;
Prometi a mim mesma, tenho amor à vida!...
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)