COMO DÓI A SAUDADE
Maldita saudade, que nunca passa
maldita doença, doença de amores
de fel, enche-me essa taça
comemore comigo, essa vida de horrores.
Onde minha memória lentamente gira
e para perto de voce me leva,
me afaste do som dessa lira
acenda uma luz nessa treva.
Pensamento vazio e tão vago
onde a dor chega e não avisa,
trazendo-me, a solidão de um lago
onde não sinto nenhuma brisa.
Onde a alma, de saudade delira
te querendo, mais que uma amante,
tenho a infelicidade, que transpira
em lágrimas, o sofrer e constante.
Meu pedido de socorro e tão aflito
por que minha dor nunca evapora,
veja, como e triste meu grito
e lamento, da alma que chora.
Alma, que sofre, grita e geme
por ser em demasia sofrida,
quando minha saudade espreme
sinto mais sofrer, a dolorosa ferida.
Se existe um Deus consolador
por que não mata, essa ansiedade?
apague, de minha alma essa dor
mata, em mim essa saudade.