tem sede de quê?

Sede de poesia boa igual jorra por aqui. Beijos!

A sede não saciada é uma fonte de jorrar poemas !!
A palavra "pseudônimo", talvez como antítese, trouxe uma grata surpresa ao poema.

Acho o teu poema muito inteligente.
Há uma corrente que afirma que a inteligência é o acto de tornar algo complexo em simples.
À primeira vista o teu poema é complexo.
Usar poucas palavras, escolhê-las com cuidado (ou intuitivamente, inspiradamente) é uma arte que me dá um gozo tremendo. Ler e escrever.

As estrofes em número par servem claramente, no meu ver, para dividir dois conceitos opostos.
Quando na primeira a sede tem um nome (há vários tipos de sede, a de líquidos, a de vingança, de poder, de dinheiro...) ela tem um objecto específico de desejo. Sabe-se bem qual é. E mata-se a sede directamente na fonte (na origem). Claro que aqui o jogo água serve para nos iludir e extasiar. Ambiguidade que serve para vermos a imagem duma mulher a baixar-se em direcção a uma bica de água, a encostar a boca, a sorver uns tragos... lambendo os lábios com um prazer consolado.
Incómodo.
Mas todas as outras sedes, se conhecemos essa origem, podem morrer.

A pseudonomia da segunda pode ser entendida como aquela falta que não tem nome. Chamo-lhe carência.
Carente de afectos, ou talvez apenas duma fonte, molhada, cheia de vida, e de presença. Que tantas vezes é inespecífica, que não nos sacia totalmente, mas alivia.
Como dizes por fim, não consome, porque essa
tem nome.

Bj

É que o nome e coisa legitima, enquanto que o pseudónimo e apenas fantasia.

Meus parabéns e um abraço!