Poemas : 

INQUIETUDE

 


Ser inquieto não é defeito.
É virtude latente
Dos que não se conformam
Com as mesmices diárias.
Com os ditames da lei
E do rei...
Onde quer que seja.
No labor, no lazer
No amor.
É quebrar as amarras.
Soltar as nossas feras...
Viver deveras.
Ser inquieto não é defeito.
É um jeito próprio de ser.
De viver...
Seja por um ideal...
Por um grande amor...
Lutar e se preciso for
Morrer.
Ser inquieto não é defeito.
É como esse meu jeito.
De mais querer...
E mais viver.
De abrir a alma
E nesse nosso tempo
De agora...
Saber fazer a hora.
É viver como vivo.
Usando de minha verdade,
De minha inteligência
E vontade...
Fazendo de cada momento
Certo...
O instante para o essencial.
E essencial é o que me convém
E me faz bem...
O resto não é viver...
É simplesmente existir.
Sou vida!
E como Vida, vivo!


Vera Salviano

 
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verasalviano
 
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