Cadê a coragem da menina que sorriu
E me ofereceu cerveja?
Sábado à noite
E lembrei-me daquela vontade,
Aquela escondida e suja
Que ninguém nunca ousou dizer em voz alta.
Cerveja gelada, sal do corpo suado
Lambidas e mordidas,
Sugando e mordendo devagar.
Sei que quer puxão de cabelo,
Mordida na coxa
E tapa na cara.
Vai negar que está com saudade de mim,
De ser chamada de puta, cachorra. Gostosa.
Quer me encarar ainda hoje,
Pedindo um beijo suave
Sem que tire os dedos de dentro de ti.
– Calma, esse é só o primeiro da noite.
Sorrir e beijar,
Vai dizer que a noite é curta
Mas eu ficava contigo até Heineken acabar.
M.Cardoso