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Rogério Beça | Publicado: 02/05/2018 06:49 Atualizado: 02/05/2018 06:50 |
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Re: Pétala desmembrada
Poema de equívocos.
Começas por afirmar que uma colheita surge dum engano. Um singelo "não é a mim que queres". Pelo menos foi o que assumi na primeira estrofe. Mas a mesma diz, "...não/sabes sou apenas pétala...", apresentando-se como um acto de contricção que segue todo o poema. Diz o sujeito poético a quem fala que este se engana mas desculpa-o ao dizer ser apenas uma pequena parte do que este julga. Os biólogos diriam que as pétalas numa planta, fazem parte do orgão sexual destas como elemento de atracção, através das suas cores vivas, dos polinizadores, seus agentes reprodutivos. Embora o sujeito poético não assuma ser pétalas, apenas uma (nova contricção). Não chegas a desvendar qual "...flor maior..." é essa. Enredas-nos com uma estrutura tão informal como esse vento que aparece, transmitindo-me a ideia do dente-de-leão, tão leve e etéreo. "...e foi tanto o azul do céu que me afoguei pensando que fosse mar..." Estes versos bastariam o comentário. Às tantas na estrofe seguinte enganas-nos. Quase levas o intrigado leitor a adivinhar que essa flor é a "...emoção..."com que acabas. "...Mirabolante...". Na última estrofe o "...pequena parte PRA poema de amor..." não diminuis o enigma. Entre a emoção e o poema. És sem dúvida pétala de poesia. (E seu perfume) Obrigado pela leitura. Bj |
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Enviado por | Tópico |
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Jmattos | Publicado: 02/05/2018 14:09 Atualizado: 02/05/2018 14:09 |
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Re: Pétala desmembrada
Gina
Só tendo mãos delicadas e coração sensível para escrever tão lindamente! Perfeito! Levei! Beijos! Janna |
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