... vejam só,
todos falam de ilusões, esperanças
e delírios;
todos fodem
com as mentes ou com os corpos
em desejos estremecidos,
todos falam,
como se fossem certos, do futebol,
da religião e da política,
todos imaginam,
com suas senciências, como seria
o paraíso e o décimo primeiro
mundo,
todos fazem
sapos de borracha, príncipes
e princesas puristas,
todos caem,
embora neguem ao mundo,
em profundos abismos:
o ser, como um todo,
não poderá ser jamais
ser definido.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)