Estou andando em círculos, saltando nestas linhas temporais, enquanto escrevo sobre o paradoxo do nosso amor. Será que se volta - se atrás, e muda - se alguma coisa, isso iria permitir a existência de um mundo onde nós os dois pudéssemos estar juntos?, Mas pensando bem nisso será que se eu pude - se alterar o passado continuaria - mos a ser mesmo nós? Seria ainda o nosso amor realmente verdadeiro? Ou apenas um resultado alterado de uma experiencia de condições perfeitas? Será que mesmo que pudéssemos existir num novo espaço - tempo faria sentido se não fosse a nossa linha de tempo original? Mas não sou capaz de mesmo assim evitar fantasiar - te nos meus sonhos, onde te abro as portas do meu mundo e te deixo entrar , pois o amor é sem dúvida a dor mais bonita, e se amor não doer então não é amor, mas eu não esperava que entrasses e destruísses tudo e depois fosses te embora sem me dizer nada. A única coisa que ficou desse amor foi o gosto amargo da derrota, a humilhação de ser rebaixado a um sentimento que realmente nunca teve a oportunidade de existir, que por sua vez me entriste - se, sim entristece-me nunca sequer ter tido a chance de poder mostrar - te todas as cores dos meus sentimentos, o sol brilhava onde quer que eu fosse, o mundo parecia acolhedor, ao mesmo tempo parecia aceitar - me , parecia validar o que existia entre nós, mas aqui estou eu escrevendo mais uma vez sobre algo irrelevante, que ao mesmo tempo me perturba, por ser algo tão pequeno, com repercussões tão grandes acho que é o que eles chamam de causa e efeito, mas por mais idiota que isso possa parecer ainda tenho uma voz dentro de mim que me assombra e me pergunta de vez em quando, "Será que ela está bem?", eu só gostaria que tivesses - me dado uma fração do que eu quis te dar, porque apesar de tudo não importa o quão longe eu esteja ou o quão arrogante ou convencido eu possa - me ter tornado, ou o quão frio o meu coração esteja, eu quero que tu saibas que para mim tu vais ser sempre a minha prioridade, vais ser sempre importante, por isso não te intimides com a minha frieza, ou a minha falta de expressões faciais, porque esses nada mais passam de métodos que eu encontrei para poder estar sempre aqui para ti, sem sucumbir a loucura ou ao desespero.
José Vieira