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DISSIPADORES DO AMOR!

 
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DISSIPADORES DO... AMOR!

FORÇAS ATIVAS: O vento que sopra nas ramas também bafeja as escarpas, atrita cabelos esvoaçantes tremulando cabeleiras crespas, dá volteio pelos palácios perambulando entre favelas.
O calor que cai nas folhagens também resseca as pedreiras, quebra os sedosos cabelos atritando os pêlos crespos, faz canícula nos palácios e, percorre pelas favelas. O frio que acomete os campos vai também ao cimo das colinas, umedece a cabeleira tenra hidratando pêlos áridos, torna frígido o palaciano... Congelando os flagelados!
A chuva que cai na gramínea também escorre na montanha, embebeda os cabelos lisos molhando os “secos” cabelos, alaga os adros dos palácios e encharca as vielas das favelas! As forças da natureza não adulam o ser humano nem segregam as castas no seu passar mediano! Só o homem é parcial na produção de energia: Pra os outros é animal, para si é... Fidalguia!

MENTE AMORDAÇADA: A mão que acaricia é a mesma que surra! O olhar que mimoseia é o mesmo que fuzila! A língua que elogia é a mesma que fere! O coração que palpita é o mesmo que emudece! A boca que beija doce é a mesma que escarra! Os braços que abraçam também dão arrochos! O pulmão que inspira também faz espirrar! O membro que movimenta também fica paralítico! O espírito que emana... Também fica enclausurado!
A mente nunca muda, Ela está, é, ou... Não é! O resultado é que varia no consciente humano superlotado de ignomia! A mente é um resumo do poder concentrado no ego inconcebível, vem à tona mesclado por impulsos anormais do consciente servil Emerge, assim, maculada, ditando normas ao ser, que só recebe impulsos que queira recolher! A parte pura da mente retorna ao nicho inicial e, o ser humano continua cada vez mais... ANIMAL!

TELA QUEBRADA: A natureza é um cálice trasbordante de viço, com seu verde jubiloso e o brilhar dos metais. Esse cálice de beleza é a compoteira da vida, onde tudo se transforma e nada se perde em vão. Quão bela é a natureza nos doada em inventário, vem do espólio de Adão, sobra do paraíso do céu. A indolência das águas nas várzeas da campina é a placidez da vitória dominando às enchentes.
A docilidade da juriti nas vestes das árvores é pingo d’água na face da simplicidade da paz!
O tinir das influências de governantes tacanhos, ressoam na doce beleza dos verdejantes campos, fazem reles metamorfoses em fúria vã e devastadora. Do cálice, fazem pedaços, e, de tudo, fazem... Urinol!

O SILÊNCIO: Silêncio no promontório das ilusões esquecidas pelas passagens da vida sem abrigo das dádivas. É sempre mutante o coração do dependente das quimeras neste labirinto de procura sem o arrimo da esperança. Vagueia saltitante a mente no ápice do destino fétido, qual pedra nas corredeiras sem caminho de escolha. Silêncio no fim da vida em vitrine de amarguras das fantasias superadas sem o laurel da fartura.
Havendo no fim o “silêncio” absorvendo os raciocínios, por que ficarmos medrando pelas arestas dos caminhos? Viva o “hoje” com realidade!Desdenhando o dia seguinte, porque, no amanhã, hoje será: Um pretérito... Eternamente!
Porém, viva sem vegetar, nos paludes das margens, fluindo na longitudinal pra o âmago do silêncio. Em toda a peregrinação seja honesto e piedoso, qual sacro conta-gotas amenizando sofrimentos.
Ao terminar a caminhada, já no portal do infinito, verás o umbral dos Céus que o silencio resguarda! O silêncio é vácuo de Deus que isola do mundo o Céu, excedê-lo? Só com o amor, nutrido na jornada da FÉ!

AMBIÇÃO: Seres antediluvianos infelizes extintos! Linhagem de Noé... Felizes viventes! Homens de Nedental, palmas pelo seu fim! Algozes dos demais... Prole de castigados!
Seguidores de Hitler: Projeção no abismo! Terráqueos modernos... Frutos da violência! Violência antiga... Pela sobrevivência! Truculência moderna: Ambição de posição!
Na passagem pelo tempo, vindo de priscas eras, no inexorável coar das épocas, só o homem é indiferente em seu egoísmo profano!
Humano vivente... Condenado insaciável! Armado de carrasco persegue o semelhante pisoteando a sua família! Para galgar o almejado, consome até os seus pares, na voragem da ambição em ânsia descontrolada.
Ceifa os obstáculos, obstrui toda a lógica, esterca as infâmias... Plantando amarguras! Esmigalha o humilde, estrangula o indefeso, macula a honradez... Defecando estupidez!
Para vencermos a dissipação, é necessário valorizarmos o nosso amor entre os irmãos, sem a mínima discriminação:

A BRISA DA RAÇA: Vento suave e ameno balançando as ramas é como doce veneno adoçando as tramas. Aragem do horizonte na asa da saudade: Sonoro vento amante ventilando a bondade. Doçura acariciante sobre pele Rosada, brisa aconchegante com odor da amada!
Carícia sem igual sobre pele Morena é toque celestial aliviando... Pena. Suave vento que vai amenizar pele Escura tem nicho no coração onde bondade perdura.

A SEGUIR, UMA “PRECE” DE MINHA AUTORIA, RELATIVA À DISCRIMINAÇÃO RACIAL:

DISCRIMINAÇÃO (Prece): Senhor Deus das infelizes! Volvei o olhar ameno para as pobres nutrizes, e degrede o racismo pra profundezas dos infernos! Para vós, não vale as nuanças da pele nem o gládio da fortuna e, sim, ardor do coração fervoroso, a docilidade do humanismo e o desprendimento da razão!
Senhor Deus dos humanos! Mirai, com o vosso olhar benevolente, a pobre casta de gente, vestida em trapos de pano! Deus de todas as raças, de todas as categorias e dos mundos! Lançai vosso brado nas praças, amenizai as alegorias e acautelai os furibundos!
Vós, senhor Deus! Que num penedo transfiguraste-vos em luz tende piedade dos meus, em nome de Jesus! Que a luz irradiada se desdobre em nuanças e componente pára que a nossa pobre gente negra sinta a liberdade!
Toda luz é uma mistura de cores, passando pelo branco e o negro na pele da criatura: semente dos vossos louvores!
Deus, meu Deus! Por qual razão os meus, que, só tem de vós a imagem, insiste em ter o pobre negro na vassalagem, na miséria e na discriminação? Será que para os segregadores só há valorização da pele envoltório da matéria?
Até nos infernos, decantado pelos prosadores, as fauces dos internos são iluminadas pelos fulgores da fogueira eterna, numa mistura de brasa vermelha, carvão preto e corpos suarentos, que, na cisterna do lamento... Hiberna! Entretanto, naquele lugar infernal existe a luz da fogueira imemorial clareando a escuridão do sofrimento e do mal!
Branco, oh branco! Vossa miséria de sentimentos vos faz esquecer que tem nos intestinos um cancro de fezes em matéria purulenta de negros sedimentos! Será que o catarro que esvai dos beiços do crioulo é mais nojento do que o escarro que flui do miolo dos lábios do branco?
O sangue vermelho de um preto sadio irriga os seus brancos ossos e a negra pele sem... Discriminação! Quando é necessário, o mesmo sangue esquece o relho antigo e corre na veia do branco em doação, nesse caso, o banco aceita sem vacilar por estar no umbral da morte e o sangue crioulo o irão salvar!
Meu Deus! Que a vossa bondade perene nos dê luz ao coração em suave liberdade solene estribada nos ensinamentos de Jesus! Que essa luz nos ilumine a alma e o sentimento para entendermos os seguintes argumentos:
Não é só na África que existia o racismo, ele aconteceu no Marxismo, no nazismo da Alemanha, no comunismo e, também, no Cristianismo de barganha!
O escarro que Jesus recebeu no rosto, e que foi o seu vestibular a caminho do calvário, não tinha cor nem gosto, no entanto, os beiços que o defecaram eram rosados e de um branco em desvario!

A DISSIPAÇÃO DO AMOR COMEÇA, EXATAMENTE, ONDE ACABA O DIREITO DO SEMELHANTE!

Sebastião Antônio BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br

 
Autor
S.A.Baracho
 
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