De todos os silêncios
O da alma é o mais doído.
Canta o pranto que chora.
Chora o amor proíbido.
Silêncio da alma
Sufocado, disfarçado.
Envolto em dor sem tamanho.
Não cede, aperta e definha.
Carece de uma presença.
De um amor embora distante.
Que chegou sem pedir licença.
Silêncio da alma
Quando se instala.
Não é de fácil cura.
Só uma presença da jeito.
Nas dores de uma loucura.
O coração fica afetado.
Apertado e sem lugar.
Precisa da ar. Muito ar.
De quem só pensa em amar.
Muito amar!
Vera Salviano
21.04.2018
Ilustração
Música: Só Quero
Autor: Evaldo Braga
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Vera Salviano