Sendo o que sou,
Olho no espelho.
Breve imagem do presente,
Nada mais que uma faísca.
Alma morna,
Mediana em sua essência.
Se apega a quem vê
Mais que a simplicidade da aparência.
O que é a liberdade,
Se não uma forma de prisão?
Onde todos avançam,
Mas ninguém chega.
O silêncio não mente,
Quem pode dizer?
Se é no mesmo que perambulam,
Os pensamentos depravados.
Munido de tudo,
Nada se prova.
O que se enxerga,
A consciência distorce.
O que seria a vida,
Se não um vício efêmero,
E o ar que se respira,
A droga desconhecida?
Bianca Camargo