Com o chegar da noite, acendo as estrelas, recosto-me ao luar e oiço o silêncio das tuas mãos que escrevem o que me vai na alma, o que me sustenta o corpo. Esta é a melodia da magia de duas frases que se encontram em poemas desenhados pelo vento.
Escondo-me em castelo de areia que quebra com o chegar das ondas… estendo a mão ao mar… meu refugio…
Nos caminhos de palavras que percorro, acho-te sempre, abraçado ao vazio da esperança que não chega… acarinhando aquela que trazes por companheira, a poesia.
O traço, desenha a curva do pensamento, de um corpo que tocas sem sentir.
Guiamo-nos pela mesma estrela, olhamos o vazio da noite e sentimos um Universo de vida à nossa volta. É nesse instante que me ergo, fixo o ponto das palavras que repetidamente me chamam e embarco molhos de beijos inundados de oceanos de amor. O teu porto espera-os. O teu corpo anseia-os. Os teus lábios, febris, morrem pela ausência dos meus.
Quero-te na noite que me entregares o calor da espera.
Quero-te no dia que me tragas a luz do teu sorriso.
Quero-te no momento em que os teus olhos são as estrelas do meu céu.