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JANELAS DA ALMA

 


Paulo Gondim

JANELAS DA ALMA
Paulo Gondim
15/03/2008

Eu me vejo preso no meu pensamento
Enclausurado nos meus dias de tormento
Envolto em névoa fria, fosca, espessa
Que me expõe as entranhas, nesse padecer
Do lamentar diário, desse calvário
Que é minha vida sem você

E tento escapar pelas janelas da alma
Dou voltas pelo quarto, perco a calma
Olho mais uma vez a rua, a rua escura
A mesma rua que me viu crescer
Que já não é a mesma, envelheceu
Como eu, que perdi anos, sem te ver

E continuo preso, inerte, sem saída
Na expiação de minha culpa tão doída
Escapar dessa agonia é o que me importa
Antes que se torne em mim obsessão
Que já se avizinha, que já se prenuncia
Como castigo de viver só esta paixão

E aí, mais uma vez, nas janelas da alma
Olho para fora e vejo amarelada palma
Do velho coqueiro em frente à porta
Nele, vejo tuas mãos, agitando os dedos
Como sonho, que vagamente me conforta
E que ouve, calado, meus segredos
 
Autor
Paulo Gondim
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/03/2008 09:57  Atualizado: 27/03/2008 09:57
 Re: JANELAS DA ALMA P Paulo Gondim
Meus parabens Amigo Poeta Paulo, seu poema esta excelente e essa sua tristeza de um amor perdido tera que ser superada, tirando as barras dessa janela de seua vida e encontrara de novo uma outra mais bela com uma vista bem mais alargada de onde podera ver um novo coqueiro verdejante lhe acenando com um novo e forte amor.

Um abraçao amigo

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