Poemas -> Crítica : 

Demagogia colorida, cidade das balas

 
Jornais, que limpam o sangue
Que se espalha pelas ruas
Inocentes, desarmados
Basta estar vivo pra ser alvejado
Viram números, monetização
Demagogia eleitoreira, quatrienal opressão

Ele devora caviar com lagostas
De sua cobertura só vê
A imensidão do mar azul, maresia
Céu límpido, arco-íris de luz
Carros oficiais, seguranças demais
Mordomias que não acabam mais

Como poderias saber e sentir
Se vives em um mundo de sonhos
Abandone tua vaidade, suba o morro
Entregue a vida nas mãos do acaso
E como nós conte com a sensatez
Do bandido, aquela que você diz que ele tem

Viva como um morador
Da cidade do belo caos
Trabalhe e morra feito um condenado
Seja prisioneiro, deite no chão
Porque o fogo é cruzado
E a bala não vê, já é hora do toque de recolher

Quanto sangue derramado
Tragado no teu baseado
Quando foi a última vez
Que vossa excelência foi esmagado
Como sardinha, enlatado
As sete da manhã, no calor do trem

Nunca será assaltado,
E nunca ficará sem salário
Parasita imundo, nosso pesadelo diário
É ano de eleição, já renovou com o diabo?
Nosso sangue tem preço, e ele será cobrado
Quando estiveres a sete palmos do chão perturbado

revisado em 30/11/23
 
Autor
neon
Autor
 
Texto
Data
Leituras
662
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.