Na história de evolução da sua consciência, você dava valor às coisas mais básicas e realmente necessárias à sua sobrevivência na terceira dimensão. Uma noite bem dormida, e uma fonte de água eram primordiais para a sua "existência". Você compreendeu com relativa rapidez que as penas ou plumas das aves eram macias, aconchegantes... e chegou à conclusão não muito tardia, que elas poderiam lhe proporcionar algum conforto - qualquer coisa eram melhor do que dormir num chão de rocha dura e fria. Entenda, que as dificuldades da existência tridimensional é que forçam o desenvolvimento de sua consciência, forçando-a à criatividade e a adaptabilidade.
A água sempre foi importante, e até hoje vocês erigem suas cidades próximas à cursos d'água. Mas porque dizemos isso agora? Vocês estabeleceram duas metas em suas vidas naqueles momentos. O conforto, através das plumas, e o significado de importância que dão até hoje à coisas reluzentes - porque para encontrar água deveriam, naquela época, encontrar o brilho do sol reluzindo sobre ela. Desde então tudo o que brilha os encanta. A memória "ancestral" em vocês dizem que é algo "importante". Por isso gostam do ouro, da prata, de carros encerados, etc... tudo o que brilha.
É claro que, não houve um passado real, onde se abrigaram em cavernas. Não no sentido que dão a isso. O que há na verdade, é a consciência se adaptando às situações que ela encontra. O seu "passado" pré histórico ainda está acontecendo, pois não existe essa coisa de tempo linear. O que você interpreta como tempo, são as adaptações tomadas pela sua consciência para interagir melhor e melhor com o "ambiente". A sua consciência vem se adaptando à vida tridimensional, experimentando as possibilidades, e é isso que você chama de vidas passadas, reencarnações, vidas futuras, etc... O tempo então, passa a ser a forma como você reage as situações, podemos colocar assim.
O corpo humano faz isso muito bem, se adapta às diversas situações. Veja bem, cada átomo, célula, etc, é um indivíduo. Isso mesmo, eles tem existências próprias e individuais. Nenhum deles é igual, e em seu próprio nível de consciência, eles se reconhecem como únicos. Não é porque você não os percebe, ou porque em união eles formam o seu corpo, que eles não existam. Estão lá, você pode ver as células de sua pele, se chegar bem próximo e olhar. o Seu corpo é a construção coletiva de bilhões e indivíduos. E você ainda se vê como um único.
Esses bilhões de indivíduos vão testando e descartando as possibilidades, de acordo com as interações necessárias. Já citei a cauda aqui em outras situações. As células do corpo a abandonaram, já que não servia mais à experiência, você ainda tem vestígios dela em seu osso do cóccix. Isso é o que você chama de evolução. Já que coloca isso num contexto temporal. Em realidades prováveis, no que você chama de universo paralelo, a sua espécie desenvolve um olho no centro da testa. Vocês tem esse vestígio em sua glândula pineal, que ainda tem vestígios de um olho.
Digo isso, porque queremos dizer que o que a humanidade vem buscando esse tempo todo nada mais é do que conforto e sobrevivência. Plumas e brilhos. Todos, claro, efêmeros. Você só muda a sua realidade se mudar a sua percepção, foi dessa forma que a sua espécie "evoluiu". É assim que a borboleta faz, quando percebe que não precisa mais ser lagarta. Por isso a borboleta é um dos símbolos da alma. Quando você entende e percebe que "não precisa mais", então o maravilhoso estado de Ser acontece, e você passa a outro nível. E é assim que você passa de uma realidade para outra. Percebendo que esta não atende mais aos seus anseios e expectativas. Tudo o mais são apenas plumas. Grosso modo, é assim que você morre. Inconscientemente e deliberadamente toma essa decisão. Ninguém morre se não querer. Entenda que estamos falando de decisões que você chamaria de inconscientes, fora do seu tempo e do seu espaço, além do seu estado de vigília atual.
E assim sua realidade é criada de acordo com as suas expectativas e desejos, mesmo os que chama de inconscientes. Por isso, você tem de se libertar de certas hipnoses sociais, porque são elas que falam ao seu inconsciente. Um exemplo disso é que vocês herdam de seus pais, e das pessoas de seu convívio, as ideias que tem acerca de sua realidade. Sobretudo quando é criança. Quando você se liberta desse círculo de ideias, você tende a se afastar dessas pessoas. Mas não é um afastamento de distância. Mas sim, um destino diferente, que te levará a um rumo diverso dos deles, ou da crença deles. Se eles acham que nasceram pobres e por isso não merecem uma educação formal e que o destino da pobreza é a ignorância, mas você aprende que não é assim, e acredita firmemente que você merece um destino melhor. Então você encontrará a educação em sua vida. Isso tenderá a afastar vocês deles, pelo menos ideologicamente.
Diante disso tudo, vem a parte em que afirmamos o que mais importa na experiência humana atual. Entender que você é que constrói o seu destino. E juntos, o destino da comunidade. Quando um indivíduo percebe que nada mais disso serve para ele, ele parte para outros patamares de evolução. A lagarta cansa de comer as folhas, agora ela vai polinizar as flores.
Do momento em que começou a ler este texto, até este momento, você já não é mais a mesma pessoa que foi. Milhões de células suas morreram, dando lugar a novas. Fios de cabelo caíram, para dar lugar a outros, o ar que entrou em seus pulmões trouxe novos organismos para dividir a existência com você. Suas ideias sobre a vida mudaram, ainda que inconscientemente. Isso gerou em você não apenas novas sinapses, mas também novas "sementes", que brotarão no tempo certo, quando as "estações e o clima" forem favoráveis. Uma flor que nasce de um ramo, nunca é igual a outra, ela vem "melhor preparada". Você chama isso de evolução, mas sem o quesito "tempo" em seus cálculos, você chamaria de adaptação da consciência. Então, dessa forma, você ainda é o homem das cavernas, e o homem do futuro, tudo num mesmo pacote. Entender é difícil? Talvez por agora... Mas, amar as coisas é a chave para entendê-las, qualquer um bom no que faz sabe disso. Porque só quem ama, pode ter ouvidos capaz de ouvir e de entender estrelas...
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