Suavemente, fecho as pálpebras
como se não quisesse acordar
o que não devo.
E aí
a minha mente não pára.
Desperta em imagens e letras
ao mesmo tempo.
As letras formam palavras
de coisas que quero dizer,
mas fico muda.
A mente não pára.
E percorro caminhos e lugares
que nunca vi
nem sei se existem.
Escrevo...
porque não consigo dizê-lo
com palavras soltas.
E elas são tantas,
muitas delas raras,
para tentar explicar o que vejo
sinto
e pressinto, neste meu peito.
E a mente não pára.
Luka