... amar tem
que servir para alguma coisa
que não seja a impressão
de nele ser algo vago
e ausente,
que não sejam
negativas para tentar, em vão,
preservar a própria
vida,
que não sejam
as loucuras realizadas por tanta parte
com infiltrações angelicais
e com gozos e prazeres
espalhados,
que não sejam
as horas ocupadas com pragas
e merdas por todo
lado;
amar
não pode ser assim,
tão inutilmente dentro,
tão inutilmente chuvoso,
tão inutilmente cruel
com a mansa
brisa a tocar só quando
se está fora.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)