Sangra-me as pálpebras
despidas
riachos de lagrimas
correndo sem norte
no beiral enevoado
dos sonhos
precipícios paralelos
aos olhos fechados
de um corpo
viajante de um tempo
na senda
do presente enfermo
jaz as sombras
das palavras
na profundidade
do corpo nu
Escrito a 22/3/18