Amei-te tanto e perdi-te
nem sabes quanto sofri,
custou-me, mas esqueci-te
e um dia destes vi-te
e tive pena de ti.
E agora passar sorrindo
num sorrir triste que escondes
decerto um desgosto infindo
se julgas que estou mentindo
vê-te a um espelho e responde
No teu rosto maquilhado
eu pude ler a amargura,
e o teu olhar perturbado,
demonstra o que tens passado,
nessa vida sem ventura.
Confesso tive saudades
do nosso antigo viver,
mas tu querias liberdade
foi feita a tua vontade,
e agora sofre, mulher
António de Almeida