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Se porventura um meteoro
Hoje tivesse a ousadia
De adentrar o coração
De nossa nave gaia terra
Confesso que temeria
Pelo fim da obra da Criação
Mas, o mal ser varrido veria
Com certa ironia e satisfação
Pois, de nada adiantaria
Tanto poder, arrogância
Tanto egoísmo, ganância
Tanto dinheiro, prepotência
Tanto ódio, intolerância
O meteoro enfim destruiria
O velho homem e seus mitos
Renasceria o novo homem e seus ritos
Desta geração que produz mulambos
Poderia então surgir dos escombros
Ainda que morando em mocambos
Seres, que seriam chamados de humanos...
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 16 de fevereiro de 2017.