No agora, chama-me o vento,
Sopra lá fora num lamento
Onde salpicam lágrimas de chuva!
Como ele me conhece bem…
Naquele nostálgico assobio
Onde dantes me vestia letárgico e frio
Na inconsciência onde hibernava.
E ali ficava…!
Hoje não lhe faço a vontade,
Vou ignora-lo completamente
Na maneira desusada de sentir
Como era antigamente.
O talho será diferente,
Vou com ele assobiar
Nos pingos de chuva a voar
E formar um arco-íris.
Hoje não meu amigo… à hoje não…!
Não da forma como antes
Enrolado em melancolia.
Sou agora, argonauta, navegante
Arauto da alegria…
Anda…
Vou contigo, mas desta vez a cantar.
F.Serra