Tudo começa
com a estranha e encantadora
dilatação das pupilas,
passando
pela involuntária criação de sonhos
esplêndidos e de esperanças
lumes, com a mente
em demência,
e pela concupiscência
das bocas, das mãos e das genitálias
com os corpos suados
e ardentes;
para, por fim,
geralmente se acabar entre as pedras
do caminho, em algum outro
leito de semelhantes
fantasias
ou em um silente
e angustiante vazio.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)