Pense beija flor,
Feito nuvens em moinhos de terra
Deserto inundado por trevas
A luz, ofuscada por vielas
Estrondos nada sutis,
Vieram dos céus, talvez, querubins
Feito tempestade, tormenta de folhas
Vento que quebra, vento que eleva
O Espiríto insatisfeito
Tamanha falta de beleza, mundo vil
Sim, foram os caídos,
Ou tão somente os homens
Em virtude de bebedeiras e sandices
Prostituiram a música e o que é belo
Pra que a beleza tornasse em blasfêmia
E a Orquestra em ruídos
Muito sangue derramado, tanto sangue derramado
Será por bestas que os possuíram em fúria
Ou será pelo mau, que não é besta,
Mas que é e habita o coração humano
Ocultado por sorrisos,beijos e palavras
Talvez, não seja manipulação,mas sim, uma motivação
Eis o erro, aspirar à perfeição
Numa obra marcada pela imperfeição
Como consequência, nada de eloquência
Rasbiscos de adulto,portando-se feito criança
Destroem o sentido do que deveria ser, a arte
Involuir, tornar ao ventre,onde deveria ter permanecido
Quão miserável pode ser o homem?
Miséria é uma questão de espírito
Não sobrevoa os céus
Não abandona a maldição desta maldita terra
Sim, uma prisão
Mas, entorpece-te os sentidos, e com toda sorte de algemas
Tu escolhes a miséria
E talvez escolha porque acredite ser ela verdadeira riqueza