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PARQUE DE JANEIRO

 
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Um dia mais : Janeiro e dezenove.
O vento pelo campo. Pela alameda
e tu tristemente griz, tu quase seda
olhada sobrenatural. Sobre a leve

aurora da manhã, chora e chove.
Inverno mansamente. Já não ficam
caminhos para a alma, e nem caminhos
para que suba o coração. A neve

se eleva em redemoinhos, se levanta
sobre o ar, e logo torna, encanta
desde o céu azul, até a pequena planta.

Ali onde tu chegas, cheia de amores.
Um rouxinol, canta e canta
cego de amor entre as flores.


Rui Garcia

 
Autor
Rui Santos Garcia
 
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