Segue poeta. Segue.
Ruma lado a lado com a vida.
O teu passado é imortal.
És um.fado. És fatal.
Junte aos poetas da vida.
Debaixo da mesma guarida.
Te basta a pena e o papel.
Vai por aí...De alma aberta.
Por certo vais a cantar.
Riscas e rabiscas no ar.
Sabes poeta, tua sina?
É o que nos ilumina
Em momentos de escuridão.
Somos filhos da mãe terra.
Operários do verso.
A caneta e o papel, instrumenos
da nossa profissão.
Cantas o amor. Cantador...
A dor do amor que ficou
Na janela do passado.
Hoje, mais que poeta,
És um fado.
Fado, fado.
Da ilusão.
Da loucura.
Da noite escura.
Do abandono e do silêncio.
Cantas. A alegria e a agonia.
Mas cantas.
Fado!
21.02.2018
Vera Salviano